... eu nasci com uma cardiopatia congénita e sobrevivi;
... eu comecei a tornar-me adulta aos 4 anos, quando tive que lidar com a separação dos meus pais e a consequente depressão da minha mãe e sobrevivi;
... não tive vaga no Infantário, fui "criada" pela minha avó e a minha professora da 1ª classe disse à minha mãe que eu era sobredotada;
... a minha mãe teve dois cancros e eu sobrevivi;
... aos 11 anos fui sozinha aos Estados Unidos, estive com o meu pai, que não via há 7 anos, e sobrevivi;
... participei numa passagem de modelos;
... o meu avô teve cancro e sobrevivi;
... o meu pai é um toxicodependente fugido da polícia e nunca deu sequer um cêntimo para ajudar a minha mãe e sobrevivi;
... eu sou uma grande medricas e consegui tirar carta de mota;
... eu fiz Erasmus para a Dinamarca praticamente sozinha (quando chegámos lá o meu colega foi à vidinha dele) e sobrevivi;
... passei 14 anos a ver a minha mãe sofrer nas mãos de alguém que não a merecia e sobrevivi;
... fui quase sempre a melhor aluna das turmas em que estive e fui a 3ª melhor do meu curso, apesar de passar os fins-de-semana antes das frequências a ler romances de 700 e tal páginas;
... quase todos os dias oiço piropos apesar de não ter mais que 1,64m, menos de 60 kg e uma cicatriz que me atravessa o peito;
... eu soube hoje que a minha doença cardíaca afinal tem causa genética e posso ter 50% de hipóteses de a passar a um filho, mas vou sobreviver;
