sábado, 15 de outubro de 2011

Os nós da minha cabeça


Já há algum tempo que sei que muitas das coisas que fiz e faço são em grande parte para responder às expectativas de outras pessoas. Errado eu sei, mas um hábito assim é difícil de contrariar. Então, digamos que desde há uns tempos me tenho deparado com um problema: o curso que agora acabei seria o mais indicado?

Eu sou daquelas miúdas que sempre gostou de muita coisa e me saía sempre razoavelmente bem em tudo.

Claro que com o passar do tempo houve áreas que foram sobressaindo: a Matemática, a Física e a Química não eram o meu forte, mas só descobri isso no secundário, quando já estava no primeiro agrupamento porque era o que "tinha mais saída". Matemática acabou até por ser a disciplina em que me saí melhor em termos de exames (19), por isso nada me levou a arriscar mudar de área.

Da época em que estive a escolher o curso que ia tirar ficou muito pouco. Parece que o meu cérebro decidiu apagar essas memórias e agora fico com noção que a escolha foi como um tiro no escuro.

Mas eu não quis adiar a escolha, quis concorrer na mesma altura que os outros. E, quando cheguei ao 1º ano e vi que gostava mas que não era o ideal, pensei que seria uma chatice perder um ano. Assim fui passando quatro anos, a fazer sacrifício para estudar matérias que eu dantes até tinha considerado interessantes.

Agora olho para trás e vejo que poderia ter-me integrado melhor noutra universidade ou desfrutado mais de outro curso. Já pensei até em começar a trabalhar numa área completamente diferente e para o ano voltar a estudar noutra universidade. Mas depois vejo o quanto enraizada já estou na profissão, do gosto que tenho apesar de não ser este o meu talento e que, provavelmente, foi a sucessão de problemas pessoais que enfrentei durante o curso que me levaram a não me ter conseguido empenhar como queria.

Ontem fui ao meu futuro local de trabalho durante o próximo mês. Era para ficar só da parte da manhã mas acabei por ficar todo o dia e, apesar das condições estarem longe de serem as ideias, o facto dos profissionais de lá serem pessoas fantásticas fez-me ter esperança de que, apesar de muito cansativo e difícil, o próximo mês vai ter saldo positivo. 

Depois disso, veremos...

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