domingo, 16 de outubro de 2011

Concentra-te mas é no surf...

A minha vida daria um filme daqueles com um enredo bem complicado...

Um dos meus desejos mais profundos concretizou-se na semana passada, mas não sem contrapartidas.

Depois do divórcio dos meus pais quando tinha quatro anos e daí até aos 9 ser "só eu e a minha mãe", foi-me apresentado um homem com o qual não simpatizei nem um bocadinho.

A condução sem segurança levou-nos a vários acidentes, as atitudes impulsivas eram mais que muitas, o tom sarcástico e de troça era constante, o trabalho realizado era praticamente nulo e as exigências mais que muitas. Tudo isto levou a muitas lágrimas e momentos de angústia, sentimentos reprimidos e sofrimento desnecessário.

Nunca foi meu pai, nem sequer tinha esse papel com os filhos legítimos, não sabia o que era tratar alguém com carinho e a infidelidade era uma das palavras de ordem.

Por tudo isto e muito mais, eu desejei durante 13 anos que a minha mãe tivesse coragem de pôr um ponto final na situação. Eu aconselhava, dava a minha opinião, mas não podia fazer muito mais...

E, finalmente, aconteceu. Mas porque ela se apaixonou outra pessoa que conheceu há um mês.

Não é que eu não fique contente. Parece-me ser uma boa pessoa, com valores definidos e, principalmente, trata-a bem. Mas, mesmo assim, as coisas estão a andar um bocadinho depressa de mais para o meu gosto: ontem houve jantar com ele e com o filho.

Enfim, só quero que ela seja feliz e que este nervoso miudinho diminua (a entrada no mundo profissional faz destas coisas!).

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