A minha vida daria um filme daqueles com um enredo bem complicado...
Um dos meus desejos mais profundos concretizou-se na semana passada, mas não sem contrapartidas.
Depois do divórcio dos meus pais quando tinha quatro anos e daí até aos 9 ser "só eu e a minha mãe", foi-me apresentado um homem com o qual não simpatizei nem um bocadinho.
A condução sem segurança levou-nos a vários acidentes, as atitudes impulsivas eram mais que muitas, o tom sarcástico e de troça era constante, o trabalho realizado era praticamente nulo e as exigências mais que muitas. Tudo isto levou a muitas lágrimas e momentos de angústia, sentimentos reprimidos e sofrimento desnecessário.
Nunca foi meu pai, nem sequer tinha esse papel com os filhos legítimos, não sabia o que era tratar alguém com carinho e a infidelidade era uma das palavras de ordem.
Por tudo isto e muito mais, eu desejei durante 13 anos que a minha mãe tivesse coragem de pôr um ponto final na situação. Eu aconselhava, dava a minha opinião, mas não podia fazer muito mais...
E, finalmente, aconteceu. Mas porque ela se apaixonou outra pessoa que conheceu há um mês.
Não é que eu não fique contente. Parece-me ser uma boa pessoa, com valores definidos e, principalmente, trata-a bem. Mas, mesmo assim, as coisas estão a andar um bocadinho depressa de mais para o meu gosto: ontem houve jantar com ele e com o filho.
Enfim, só quero que ela seja feliz e que este nervoso miudinho diminua (a entrada no mundo profissional faz destas coisas!).
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