Das poucas memórias que tenho do meu pai, aquela de acompanhá-lo, de mão dada, a um café que se situava na cave de um prédio perto da nossa casa, é uma das mais vivas. Íamos lá várias vezes e lembro-me da atmosfera escura pela falta de janelas e fraca iluminação artificial, assim como de me serem oferecidas regularmente bolas transparentes com um prémio lá dentro. Uns anos mais tarde, já sem o meu pai perto de mim, aquele café passou a ser um bar de alterne encostado a uma estrada nacional. Conseguia sempre saber a que dias estava a funcionar pela dificuldade de estacionar à porta da minha casa. Como se chamava? Moby Dick... por isso, em vez de ligar o nome à famosa baleia, esse nome tem para mim uma conotação bastante diferente...
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