Um dia fui a princesa que confundiu um rapaz do povo com um dragão venenoso. Eu era a donzela em apuros que queria transformar o monstro em príncipe mas os espinhos eram demasiado grandes para serem moldados. Fui o anjo que queria ser guardado e que acabou com as asas cortadas e o coração aos pedaços. Fui a sereia que não teve voz para enfeitiçar piratas e nadou para o centro de um remoinho.
Hoje não sou sereia nem anjo, talvez uma réstia de princesa que, no fundo, ainda acredita que, um dia, alguém vai achar que vale a pena dar-se ao trabalho de trepar a muralha para descobrir o que está do outro lado.
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